quinta-feira, 19 de junho de 2008

Cotas para negros

Depois de muitaaaaa discussão nas aulas de sociologia sobre as cotas para negros nas universidades públicas brasileiras, um novo manifesto é enviado ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia. Esta mensagem foi enviada pela Gio, do 2o EM. Vale a pena dar uma olhadinha.
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2008/06/19/ult105u6640.jhtm

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O ensino de sociologia



Desde a década de 70, a sociologia tem sido abandonada pelas políticas curriculares nacionais. Naquele contexto, essa exclusão se deu pelo fato de professores de sociologia (e de história também) falarem demais. Digo: falarem sobre política. Num momento em que toda e qualquer forma de expressão era cerceada pela ditadura militar, ser professor de sociologia era uma aventura. Um dia poderia ser preso, no outro torturado, (se não falar nada pode ser que saia ileso) Afinal, falar em marxismo ou Cuba poderia levar o professor para os mais obscuros corredores da ditadura militar. Anos mais tarde, mais especificamente em 2008, a sociologia volta como disciplina obrigatória no ensino médio. Os pobres sociólogos, enfim, terão um ofício. O que me preocupa é a excessiva expectativa que fazem da disciplina no contexto escolar: noções de cidadania e de crítica social sao praticamente responsabilidades do professor de sociologia (basta que leiamos os PCNS). Quanta resposabilidade não?

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Sobre hábitos alimentares

"Tábata e Samanta estão clamando por um cachorro quente...sem salsicha". Tábata e Samanta são os parasitas que habitam meu estômago. Elas possuem hábitos alimentares bem parecidos ao meu. E meu cachorro quente preferido é sem salsicha. Isso causa espanto a você? A ausência da salsicha não me causa nenhum estranhamento e nem altera o sabor do meu hot dog. Claro q isso gera uma certa confusão na cabeça do carinha que monta meu lanche: "duas salsichas?", eu respondo "nenhuma, capricha no purê" (afinal, o preço é o mesmo). Mas a pergunta que não deve estar calando aí, n sua cabecinha é: mas pq vc não come a salsicha? Oras, comer algo q vc não sabe de onde vem é bastante complicado. Como a coxa do frango, pq sei q é a coxa (o frango inteiro na mesa não me faz bem, afinal, vejo ele ali, todo montadinho, me olhando, me chamando de 'chicken killer'). Agora, parte de que bicho, ou de que jornal, ou de que caixa de papelão eu estou comendo qdo me alimento de salsichas? E nuggets então?
Certas coisas não devem ser ingeridas. Nem misturadas. Se vc tem o hábito de pegar marmita, verá que não possuem nenhum critério para dispor os alimentos na bandeja. Arroz, macarrão, peixe frito, feijão. Esses alimentos não devem ser postos lado a lado nunca. Simplesmente não combinam, têm temperamentos diferentes. Não que necessariamente tenhamos que separar todos os alimentos (separar o macarrão dos legumes na sopa ou a salada do hamburguer, como uma vez me disseram), mas fazer do meu prato uma massa de cimento a ser colocada guela abaixo é mais aprazivel às pessoas que têm alma de pedreiro, como certa pessoinha a quem dedico este texto...rs.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Pensamentos pedagógicos....rs

Numa longa discussão sobre disciplinaridade, interdisciplinaridade e práticas escolares, onde me posicionava cética em relação à possibilidade da interdisciplinaridade nos atuais moldes da produção científica, fui surpreendida pela seguinte afirmação: “mas todos somos essencialmente interdisciplinares em nossas práticas cotidianas”. Essa afirmação mexeu com as minhas convicções, quando parei para pensar que só no simples ato de cozinhar, trago conhecimentos e perspectivas da biologia (tipos de alimentos), da física (tempo de cozimento) e até mesmo de história (comida típica de onde mesmo?). Minhas inquietações estavam calcadas principalmente nas dificuldades de diálogo entre as disciplinas, por conta dos métodos, linguagens peculiares, no campo super especializado de cada disciplina. Apesar das minhas antigas resistências em relação à interdisciplinaridade, vejo que os Parâmetros Curriculares Nacionais de 1999, e as Diretrizes de 2006 avançam ao propor novas formas de trabalhar o currículo, evitando a excessiva fragmentação presente no currículo até então.Porém, embora convencida da necessidade e importância de um trabalho interdisciplinar, entendo que ainda há uma resistência de diálogo entre professores de diferentes áreas. Esta se dá no campo do conhecimento acadêmico especializado da formação inicial (dificuldade de diálogo, de abertura para o desconhecido, preservação da identidade profissional), como também nas dificuldades de se pensar num currículo integrado dentro da atual jornada de trabalho do professor, que chega a trabalhar três turnos, em diferentes escolas. No meu entender, essa carga excessiva (fora o trabalho extra-sala, realizado em casa) dificulta a operacionalização de um projeto interdisciplinar na escola.Desta forma, é extremamente importante que as políticas públicas educacionais olhem para as condições materiais dos professores, para que propostas inovadoras como essa possam fazer com que o professor busque uma nova identidade – não mais aquela calcada na sua formação inicial – mas uma identidade múltipla, característica da sociedade contemporânea.

Datas comemorativas

Odeio datas comemorativas. Sim, sou mal-humorada. Mas tenho uma boa justificativa. Gasta-se muito dinheiro e neurônios com essas invenções comerciais. Vejam, não sou pão dura (apesar desta ser minha fama). Mas tem coisa mais chata que ter que comprar presente? Dia das Mães é um sacrifício. Não que não goste da minha mãe, longe disso, mas ter que pensar no que vou comprar, e ainda pensar no que dei ano passado (afinal, repetir o presente não é legal) é muito chato. E Dia dos Namorados? Restaurantes lotados. Comida de péssima qualidade (uma vez tive um treco quando um restaurante serviu peixe com nhoque, uma heresia digestiva), populaçao atordoada pensando no que vai comprar, carregando flores pela rua, ursinhos de pelúcia e balões em forma de coração. Mesmo se não estiver a fim de olhar para a cara do dito cujo (ou da dita cuja) é Dia dos Namorados, é dia de amar e ter que ser feliz! Não gosto disso. No último sábado, fui ao show do cantor Nando Reis. Ele disse algo interessante: festa junina é uma data comemorativa onde não precisamos dar presentes. Por isso ele gosta de festas de São João. E eu também.