sábado, 24 de julho de 2010

A vida começa todos os dias

A frase título desta postagem não é minha. Li em "Olhai os lírios do campo", de Érico Veríssimo (leitura obrigatória, diga-se de passagem). Mas o que me leva a colocá-la aqui? Essa semana tive uma noite com insônia. Nada pior do que ficar na cama sem conseguir dormir. Então resolvi tomar café da madrugada e chamar meus filhos de quatro patas para um passeio na praça. Às 5 da manhã.
É impressionante o silêncio das casas e das árvores. Não se houve ninguém na rua, a não ser o 'tiozinho' que estava caminhando, assim como eu. Vez ou outra os cães latiam, por conta da bagunça dos meus. E conforme as horas vão passando, e o sol começa a dar o ar da graça, sons tão comuns ao nosso turbulento dia-a-dia começam a surgir: as lâmpadas das casas começam a se acender; os alarmes dos microondas começam a apitar, assim como as sirenes das fábricas. O trânsito começa a atrapalhar o barulhinho gostoso dos pássaros. Tudo novo, de novo.