sábado, 24 de julho de 2010

A vida começa todos os dias

A frase título desta postagem não é minha. Li em "Olhai os lírios do campo", de Érico Veríssimo (leitura obrigatória, diga-se de passagem). Mas o que me leva a colocá-la aqui? Essa semana tive uma noite com insônia. Nada pior do que ficar na cama sem conseguir dormir. Então resolvi tomar café da madrugada e chamar meus filhos de quatro patas para um passeio na praça. Às 5 da manhã.
É impressionante o silêncio das casas e das árvores. Não se houve ninguém na rua, a não ser o 'tiozinho' que estava caminhando, assim como eu. Vez ou outra os cães latiam, por conta da bagunça dos meus. E conforme as horas vão passando, e o sol começa a dar o ar da graça, sons tão comuns ao nosso turbulento dia-a-dia começam a surgir: as lâmpadas das casas começam a se acender; os alarmes dos microondas começam a apitar, assim como as sirenes das fábricas. O trânsito começa a atrapalhar o barulhinho gostoso dos pássaros. Tudo novo, de novo.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Há tanta vida lá fora


Dizem que, para sermos completos na vida, temos que escrever um livro, ter um filho e plantar uma árvore. Juro que pra mim restou fazer o mais fácil: plantar uma árvore. Afinal, o Bruno logo estará por aí, atrapalhando o meu sono (e o dos vizinhos) e minha tese, posso dizer, é praticamente um livro. Passei no vestibular, fiz mestrado, tive bolsa de pesquisa, arrumei emprego, comprei meu carro, casei... tudo o que se espera de uma mulher contemporânea (e tudo que, muitas vezes, me pego (des) orientando os pobres adolescentes com os quais convivo diariamente)! Mas até onde essas escolhas foram feitas por mim, pelo meu livre arbítrio, de forma super consciente? E até onde foram determinadas, seja lá por quem for? Um problema filosófico, daqueles que eu coloco para meus alunos e que nem eu mesma, confesso, consigo resolver.
Há tanta vida lá fora... livros que quero ler e não consigo, filmes que quero saborear e não tenho tempo, caminhadas despretensiosas pelo bairro, para observar pequenas coisas que não podem ser percebidas quando passamos soltando fumaça pelo carro. Se a gente não nasce, e sim começa a morrer, viver da forma como vivemos é, na verdade, uma imensa burrice.

Mais uma crise existencial...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Foto do Feijão


Essa é a primeira fotinha do Feijão.
Veja como ele (a) é fotogênico(a)...rs

quinta-feira, 18 de março de 2010

Bom, nao é segredo para ninguém que estou grávida. Sim, estou, mas se não fizesse os exames do pré-natal, talvez essa gravidez passasse despercebida, se não fosse a barriga crescendo em progressão geométrica (ou aritmética?).
Para tomar plena consciência do fato, depois do susto de um papelzinho me informar que eu estava grávida, fiz um ultrassom em que eu não via simplesmente nada mas pude sentir pela primeira vez que "algo" existia ali. Afinal, sem enjôos, pitis, desmaios, simplesmente nada! Um perqueno coração, ou um pequeno ser habita meu barrigão. E hoje, outro ultrassom foi feito, onde ouvi do médico aquilo que eu estava ansiosa por ouvir: seu bebê é perfeito! Talvez tenha sido hoje que me senti pela primeira vez mãe. Não precisa de mais nada, né?

quarta-feira, 3 de março de 2010

Um pouco de história

Olás,

Uma história legal sobre um dos heróis da 2a Guerra Mundial enviada pela aluna Bruna Couto há algum tempo!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Por que ser professor?

Quando eu era criança, e me perguntavam o que eu seria quando crescesse, eu logo dizia, de peito aberto, "veterinária!!!". Com o tempo, mudei: queria ser bióloga, daquelas que observam leões e golfinhos, como no Discovery Channel. Depois de um tempo, com mais (i)maturidade, quando me questionavam o que eu seria, respondia: professora! As pessoas me olhavam assustadas, como se o Allien, o oitavo passageiro estivesse ali, na frente delas. E eu tinha uma boa justificativa. Eu amava escola, não necessariamente estudar. Como também adorava férias. Que outra profissão me daria três meses inteirinhos para ir pra praia ou pra ficar prostrada na frente da TV vendo pela quinquagésima vez "curtindo a vida adoidado" ou "de volta a lagoa azul"? NENHUMA. Eis que eu me formo e me torno professora.
E vi que era uma ilusão. Professor volta antes dos alunos para a escola! Ficamos lá, fingindo que estamos planejando algo extraordinário para o ano letivo (e só vamos repetir o mesmo bê-a-bá, que existe desde os jesuítas!); fofocando sobre aquela colega de trabalho mala; reclamando da coordenadora, da diretora. E eu, em pensamento, grito: cadê meus três meses???
Os dias letivos aumentaram, as férias encurtaram, a qualidade do ensino continua caindo. E os alunos continuam escrevendo "almentar" e "naum"...rs