domingo, 24 de agosto de 2008

Não é mais um besteirol americano

Ontem eu vi ao filme Juno. Li muito sobre ele, mas não criei grandes expectativas em relação à história. Mas ao final do filme, percebi que foi um dos filmes mais sensíveis e criativos que já vi.
A história narra a vida de uma garota de 16 anos que engravida na primeira transa. Com toda a personalidade que é peculiar à Juno, personagem do filme interpretada por Ellen Page, ela decide ir adiante com a gravidez e entregar o filho para adoção. Nada mais trágico que isso não?
Mas o filme nos leva a caminhar junto à Juno, e até mesmo sentir o que ela está passando, de uma forma leve, divertida e sensível. Os atores,somente com o olhar, conseguiram passar ao telespectador toda a dor e desespero que aquela gravidez, fora de época, poderia causar em qualquer adolescente. Um exemplo é a cena em que Juno conta à Paulie que está grávida: o sentimento de desamparo de ambos ficou estampado no rosto, sem que nenhum dos dois personagens falassem nada. Um filme feito de pequenos detalhes.
Um outro aplauso para esse filme é que, diferente do que poderia sugerir a sua capa, não é mais um daqueles filmes babacas, que mostram adolescentes sarados com Q.I de barata, onde a líder de torcida é a mais gostosa e onde adolescentes estão sempre transando. Não! O filme foi fiel, na medida do possível, ao universo adolescente, com todas as suas incertezas e, principalmente, senso de humor implacável.
E uma ótima trilha sonora!!!

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